A quantidade de obrigações com as quais os empresários brasileiros precisam lidar mês após mês nos campos tributário, fiscal e trabalhista, bem como na gestão direta do negócio, pode desfocar sua atenção do objetivo principal do empreendimento – além de representar um custo alto e muita perda de tempo. Se considerarmos a folha salarial, aluguel de imóvel, pagamento de fornecedores, internet, telefone e demais despesas fixas, a ideia de procurar soluções de problemas, de preferência sem nenhum custo, parece algo bastante atraente. Só que nem todos os gestores sabem como fazê-lo.
É importante que se diga que as pequenas empresas costumam investir, por mês, aproximadamente R$ 100 em seus sistemas de gestão – valor considerado razoável para estes negócios. Claro que se levarmos em conta o faturamento dos Microempreendedores Individuais esse valor já não parece tão insignificante. Só que, para as pequenas empresas que estão estabilizadas e procurando crescer, o investimento em tecnologia faz-se absolutamente necessário, mesmo que isto represente algum sacrifício para o seu bolso.
Essa visão de mercado é válida especialmente agora, com o fim da emissão gratuita da Nota Fiscal Eletrônica pela Secretaria da Fazenda de São Paulo, sob a justificativa de que muitos contribuintes não utilizavam mais o emissor gratuito. A bola então foi repassada ao Sebrae que, juntamente com a Secretaria da Fazenda do Maranhão, assumiu a gratuidade do projeto. No entanto, a Sefaz/MA informou no dia 2 de outubro que abandonou o plano, optando por descontinuar seus emissores a partir de 1º de novembro deste ano.
Lembrando que o fim do emissor gratuito no Estado de São Paulo afeta também o restante do País. Assim, o desafio de se adequar às mudanças vale para as empresas de todos os Estados. Isso porque as multas do fisco para quem não se adequar podem pesar bem mais do que o investimento necessário para o enquadramento.
O que percebemos é que, diante da necessidade de acompanhar as mudanças, e sem recursos suficientes para adquirir sistemas mais abrangentes, muitos empreendedores optam por algum serviço de baixo valor e, consequentemente, de baixa qualidade.
Há empresas que oferecem sistemas gratuitos, mas que não atendem como deveriam as exigências da Sefaz, deixando, no fim da história, o empresário na mão. Quando este empreendedor percebe a dificuldade de operar com a versão gratuita, acaba “sendo forçado” a adquirir um pacote pago de serviços.
Nessa situação, o alerta que damos para estes empresários é que é possível sim conciliar um bom sistema com preço justo e suportável para o tamanho do seu negócio.
Uma dica: para encontrar um bom fornecedor é preciso analisar a sua reputação no mercado, até porque é difícil saber, em um primeiro momento, se a empresa prestadora do serviço realmente cumpre o que promete em propaganda. Então pesquise, inclusive com quem já é cliente deste negócio.
Muitos se perguntam: “Mas porque não manter um emissor gratuito, se eles existem no mercado à disposição dos empresários?”. A resposta é que esta opção só será válida se a empresa realmente não dispuser de condições financeiras para manter um sistema emissor de NF-e ou se não quiser administrar via software sua empresa. Um MEI, por exemplo, pode fazer bom uso deste recurso. Mas, para quem já percebeu que modernizar-se não é mais uma questão de ter um diferencial no mercado, mas sim uma necessidade contábil e fiscal por maiores controles de processos e informações, resultando inclusive em maiores lucros e menos multas do fisco, há opções confiáveis e possíveis de encaixar nos custos da empresa.
Fonte: Mercado Contábil
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