Nos últimos meses, com o avanço da pandemia do coronavírus, milhares de pessoas foram demitidas e outras tantas tiveram os contratos cancelados ou salários reduzidos.
Diante de uma crise sem precedentes, muita gente tem buscado alternativas para poder se reinventar neste momento e até mesmo optado pela informalidade.
No ramo da fotografia, o cenário não poderia ser diferente. Com o isolamento social, muitos profissionais têm apostado em sessões de fotos à distância e adaptado seus estúdios para receber os clientes com muito mais segurança e conforto.
Além disso, alguns profissionais têm enxergado na fotografia uma nova profissão. E é aí que mora o perigo da informalidade.
Muitas pessoas não querem passar por todo o processo burocrático necessário para abrir uma empresa no Brasil.
Mas, você sabia que os fotógrafos também podem ser MEI? Esta é uma forma de formalizar o seu trabalho sem precisar pagar altos valores de impostos.
O que é MEI?
O Micro Empreendedor Individual é o regime de tributação lançado em 2008 e desenvolvido especialmente para trabalhadores autônomos que recebem até R$ 81.000,00 por ano.
Com uma tributação, atualmente estimada em R$ 51,85 mensais, o regime é ideal para quem está começando e atua como profissional liberal ou freelancer .
Por ser uma categoria conhecida pelas taxas acessíveis, é preciso seguir alguns pré-requisitos, como:
- Não ser sócio ou administrador de nenhuma outra empresa;
- Ter apenas um funcionário;
- Exercer as atividades aprovadas para MEI, dispostas no Portal do Empreendedor.
Vale a pena ter MEI?
Uma das grandes vantagens do MEI é que, além de sair da informalidade, você passa a ter vantagens. Isso porque, com a regularização, o Governo entende que você tem direitos iguais à outros profissionais, liberais ou não.
Confira alguns deles:
- Direito aos benefícios do INSS, como auxílio doença, pensão por morte, salário maternidade e aposentadoria por idade ou invalidez;
- acesso a descontos especiais em equipamentos e possibilidade de financiamento pelo BNDES, já que está cadastrado com um CNPJ;
- Facilidade na abertura de conta bancária;
- Permissão para emitir nota fiscal de serviço;
- Facilidade ser fornecedor de grandes empresas e participar de licitações de órgãos públicos, entre outros.
Como se formalizar?
Sem dúvidas, a MEI é uma excelente opção para que os fotógrafos de todo o país possam se formalizar, ainda mais diante do cenário atual.
Mas a facilidade do regime vai além, já que para se tornar um microempreendedor individual é mais simples do que parece:
1. Cadastre-se no site.
Acesse o Portal do Empreendedor e preencha o formulário com seu número de CPF, sua data de nascimento, título de eleitor e outros dados pessoais, como endereço, telefone, email etc.
2. Preencha os dados do negócio.
Insira o nome fantasia da sua empresa e as atividades primárias e secundárias que irá desempenhar. Pronto! Você já está inscrito como Microempreendedor individual.
3. Emita o seu certificado MEI.
Imprima o seu certificado MEI, que comprova a sua inscrição neste programa. Lembre-se de guardá-lo bem, pois ele será exigido sempre.
4. Imprima o carnê DAS.
Aproveite para imprimir também o carnê DAS, que são os boletos que você deve pagar durante o ano.
5. Procure a prefeitura de sua cidade e dê entrada na documentação para funcionamento de seu negócio.
É importante solicitar a liberação junto à prefeitura da sua cidade, principalmente para que você possa emitir nota fiscal de serviço.
Caso planeje ter um estúdio fotográfico, o alvará também será necessário, assim como algumas normas e regularizações do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e outros órgãos, antes de começar a trabalhar.
Seguindo todos esses passos, você ficará seguro por muito mais tempo!
Fonte: Jornal Contabil
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