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Empresários
são presos a partir do cruzamento eletrônico de dados
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Selecionamos
esta matéria que demonstra como a fiscalização vem utilizando cada vez mais a
tecnologia para cruzar dados e detectar irregularidades nas empresas. Neste
caso, empresários foram presos com a suspeita de sonegação de aproximadamente
R$ 130 milhões. Mais
uma vez ressaltamos a importância de auditar eletronicamente seus dados
antes de transmiti-los ao Fisco. Vejamos:
"Foi deflagrada nesta terça-feira (16/8) pelo
Fisco Estadual em conjunto com as Polícias Civil e Militar a “Operação
Arrebatamento”, que apura os crimes de falsidade ideológica, associação
criminosa, e crimes contra a ordem tributária. A ação tem o intuito de
recuperar aos cofres públicos recursos provenientes dos impostos sonegados por
um grupo empresarial localizado no entorno de Brasília, nas cidades de Cidade
Ocidental, Formosa, Luziânia e Valparaíso. Levantamento realizado pela
Superintendência da Receita da Secretaria da Fazenda de Goiás aponta que o
crédito tributário total do grupo deve superar os R$ 129 milhões de ICMS, incluindo
multa e juros.
O início da operação se deu há cerca de três anos, a partir do cruzamento de dados de
operadoras de cartões de crédito. Durante análises, o Fisco
Estadual descobriu, em apenas uma das empresas em Luziânia com cadastro
suspenso junto à Sefaz, movimentação de vendas que ultrapassou R$ 70 milhões.
De acordo com o superintendente da Receita, Adonídio Neto Vieira Júnior, a
partir deste primeiro levantamento, as investigações apontaram um esquema de
blindagem patrimonial com a utilização de pessoas interpostas no quadro
societário – funcionários ou ex-funcionários do grupo empresarial. “Também
foram utilizados documentos falsos ou adulterados”, disse. O superintendente
lembrou ainda que a operação visa resgatar os valores tributários não recolhidos,
para recomposição dos cofres públicos, e o combate à concorrência desleal.
Nesta terça-feira, estão sendo cumpridos quatro
mandados de prisão temporária e busca e apreensão na residência dos
investigados, além de duas conduções coercitivas, incluindo o contador do
grupo. Além desses, são cumpridos ainda 19 mandados de busca e apreensão em
estabelecimentos comerciais e outros relacionados ao grupo empresarial, dentre
os quais supermercados, postos de combustível e lojas de conveniência. Os
auditores fiscais também iniciam hoje as auditorias necessárias para a
lavratura dos autos de infração.
Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa
acompanhou toda a operação e ressaltou que a parceria da Sefaz, com a SSP,
Delegacia de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT) e o Batalhão
Fazendário “visa ao fortalecimento da justiça fiscal no Estado de Goiás, demonstrando a intolerância em
relação à sonegação fiscal”. Ana Carla lembrou ainda que sonegar “subtrai
recursos que deveriam estar beneficiando a população goiana como um todo, em
particular os mais carentes”.
Operação Arrebatamento: O Arrebatamento da igreja é o
evento no qual Deus realiza seu julgamento. O nome foi escolhido para a
operação pois a grande maioria das empresas envolvidas no esquema têm razão
social que remete a nomes bíblicos. De acordo com a titular da Delegacia
Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), Tatyane
Gonçalves Cruvinel Costa, a razão social dava a falsa ilusão de que os negócios
realizados pelo grupo tinham conotação lícita e transparente."
Fonte: Sefaz GO
Por: e-Auditoria
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